sábado, 28 de fevereiro de 2009

A DIFERENÇA ENTRE ESCUTAR E OUVIR

Noventa e nove por cento das pessoas pensam que é a cabeça quem ouve; elas pensam que são os ouvidos naturais que ouvem – mas isso não é bem assim! A cabeça, os ouvidos naturais são apenas aparelhos que captam sons; isso é semelhante ao rádio que capta as ondas sonoras que estão no ar e no espaço. Por ventura o rádio ouve pelo fato de captar ondas sonoras? É claro que não! Assim, para que aconteça o fenômeno do ouvir, há de ter alguém que ouça. É necessário que haja o ouvinte do radio para ouvi-lo. Ninguém jamais ouve com a cabeça, o ouvir é do coração. A cabeça escuta, mas é sempre o coração quem ouve. A cabeça é apenas o aparelho, ninguém sente nada por ela, e sim pelo coração – o sentir é do coração. Uma mulher escuta muitas cantadas, mas a que ela ouve, é sempre a do homem a quem ela ama. Jesus disse: “QUEM TEM OUVIDOS OUÇA...”. O que equivale a dizer: “OUÇA COM AMOR, COM ATENÇÃO, COM O CORAÇÃO”.

Edson Carmo

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

O VAZIO, SOMBRA DE MUITOS HOMENS

O problema do homem está no fato de que sua vida não conhece o amor. O homem conhece o fazer, conhece o falar... mas isso não é amor. É isso que faz da vida do homem uma existência vazia e sem sentido.

Por que a nossa vida é vazia? O que fazer para transformar esse vazio em abundância?

Ir a igreja, ir a lugares de divertimento, ir ao trabalho, ir para casa..., nada disso é suficiente para preencher a vida do homem! O homem faz tudo isso, mas sua vida continua a ser tediosa, uma mera rotina.

Por que os relacionamentos dos homens são tão superficiais e ESTÉREIS? Olhe para os homens, eles se comunicam com frases e idéias que aprenderam – bom dia, feliz aniversário, tá tudo bem... – , mas nada disso precisamente é de verdade.

Será que o homem é apenas uma fita gravada que repete palavras sem sentimento original? Por que a vida do homem é vazia? Por que ela não passa de uma repetição, uma imitação?

Por que o homem acumula tantas coisas materiais, enquanto o seu coração está vazio? Por que o mundo material veio a se tornar mais importante que a vida do homem?

Ora, o homem pode preencher muitos espaços materiais com sua riqueza, mas sua riqueza nunca poderá pagar o preço da remoção do seu vazio.

Como ir além desse vazio, dessa insuficiência, dessa pobreza interior?

ANDAMENTO:

Primeiro o homem tem de abandonar sua preguiça. A maioria de nós fica conformado com a maneira com que as coisas estão; é muito cansativo descobrir uma coisa nova, e por isso a maioria prefere permanecer como está — é aí que reside a nossa verdadeira dificuldade.

A maioria dos homens amam a segurança; constróem paredes ao redor de si mesmos, paredes com as quais ficam satisfeitos, mas também aprisionados, isolados e angustiados.

E isso nunca acaba, porque queremos a cada dia uma nova segurança, uma nova maneira de nos proteger — o que é, mais uma vez, o processo de isolamento e esvaziamento. É assim que nunca vamos além do isolamento, do vazio, mas apenas reforçamo-os de modo que eles venham a ser permanente em nossas vidas.

O amor é a única revolução, e o amor não é uma palavra, uma teoria nem uma idéia. O amor é existencial.

Existe o Amor, existe o Homem e existe a experiência que os une. Experimente-o.

Edson Carmo

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

A MENTIRA QUE O HOMEM TANTO GOSTA!

Por que o homem pratica tanto a mentira?

Porque a mentira e submissa ao homem; porque a mentira e como descer, você não precisa lutar contra força de gravidade alguma. As pessoa então tão identificadas, tão apegadas a mentira, porque a mentira pode ser criada, moldada, assim como são as roupas que cobrem a nudez do pecado do homem. Nós não podemos inventar a Verdade. A Verdade tem de ser descoberta, conhecida – porque ela já existe. A Verdade não pode ser cortada para se adequar a nós, como fazemos às roupas. A Verdade é quem nos corta, a fim de nos adequar a ela. A Verdade retira de nós todas as inverdades. Olhe as religiões, elas pregam sobre a verdade, mas observe-as: cada religião tem as suas próprias mentiras! Cada religião tem os seus próprios ajustes, que variam de acordo com os seus corpos, os seus negócios. Na situação que o homem está – cheio de EGO –, ele não pode viver sem a mentira. Daí o motivo de ele não ser liberto.

O homem precisa mudar para encontrar-se com a Verdade, porque só a Verdade Liberta.

Edson Carmo

domingo, 15 de fevereiro de 2009

A DOENÇA E O DOENTE, AMBOS SÃO DIFERENTES

Assim como o imã atrai o ferro, da mesma forma o homem atrai as doenças para si. O homem não está consciente do momento em que ele chama as suas enfermidades, mas isso é ele quem o faz. A milhares de anos as mulheres engravidavam, elas não sabiam o momento, não tinham consciência disso. Foi preciso muita observação até que viesse saber o momento e quantos meses se dava todo o processo de gestação. O homem está doente, e são muitas as suas enfermidades. O homem tem buscado a sua cura, mas tudo o que tem conseguido é multiplicar suas patologias. O homem confia plenamente na medicina, seja ela alopata, homeopata ou naturopata, mas ele está completamente inconsciente da Verdade que o liberta – o homem está baseado em enganos e esta é a sua miséria mais intrínseca e básica. Veja, o homem criou religiões na tentativa de se curar completamente, mas as suas religiões – da mesma forma que a medicina – estão tratando apenas o efeito e esquecendo-se da causa. A religião diz: “não fume”, mas nada faz com a ansiedade que empurra o homem para fumar. Ela joga fora o elixir, mas não remove a dor de barriga. A religião com suas leis está lutando contra o vício, mas o vício é só a doença. O doente também deve ser tratado: a sua angustia, a sua depressão, os seus traumas, suas magoas, suas agonias... Assim, tanto a medicina quanto a religião estão tratando apenas a periferia, enquanto nada no interior do homem está sendo feito. Ora, as doenças do corpo não ficam só no corpo, elas caminham para a alma. Há doenças que chegam pelo corpo e há doenças que chegam pela alma – mas elas sempre se expandem a partir do ponto de onde chegaram; é como uma pedra jogada no calmo rio, que não atinge somente o ponto onde caiu porque as ondulações criadas por sua queda percorreram até chegar às margens. Assim, as ondulações que vem do corpo atingem a alma. As ondulações que vem da alma atingem o corpo. Ambos precisam ser tratados – corpo e alma – para que o homem conheça a saúde. O homem precisa da medicina para o corpo, mas é certo que precisa da Palavra de Deus, da Verdade para sua alma, para o seu espírito. A menos que ele tenha as duas coisas o homem não saberá o que é saúde. Se o homem for curado no corpo e não for curado na alma, todos os seus exames médicos apontarão saúde, mas ele continuará se sentindo doente...

Edson Carmo

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

ENSINAR NÃO, CRIAR!

O que falo não é para ensinar, é para criar algo em você. O ensinamento é mental, intelectual; o criar é existencial, experiêncial. Quero existir em você e não ser apenas parte da sua memória.


Edson Carmo

sábado, 7 de fevereiro de 2009

A FONTE É VOCÊ!

Nada no mundo exterior é de fato a sua alegria ou a sua tristeza; o seu amor ou o seu ódio... Sob a mesma ação duas pessoas sentem coisas diferentes. Uma sente ódio e outra amor. E por que ambas não sentem a mesma coisa? Ora, a questão é que quem pratica a ação não é a fonte. Quem sofre a ação, quem sente é que é a fonte! A pessoa que pratica a ação é apenas alguém que lança o balde no poço, alguém que tira do poço aquilo que nele contém. Se alguém trouxer para fora sua raiva, por que ficar magoado com esta pessoa? Agradeça-a! Se você vai ao médico e ele constata que você tem uma doença, você fica magoado com ele por isso? Não! Você o agradece! Assim, a pessoa que lhe insulta é apenas o médico que traz para fora a doença que você tem dentro de si. Então não faça nada com quem lhe provoca, apenas trate a enfermidade que esta pessoa revelou dentro de você.

Edson Carmo

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

AO LEITOR

A alegria está sempre dentro de nós, mas alguém tem de traze-la para fora(...). Eu estou me doando a você por meio destes textos, e isso é um prazer - é alegria em ponto ômega. Mas esta experiência seria pouco enrriquecedora, se tivesse me atendo ao leitor ao-em-vez do fenômeno que me envolve – que flui de dentro de mim. Agora mesmo eu estou profundamente agradecido, afortunado e esta é minha dança, minha celebração, meu riso, minha canção...

Obrigado por você existir!

Edson Carmo