domingo, 30 de janeiro de 2011

O PODER QUE O NOME NÃO TEM


Nomes são truques para fazer-nos acreditar que as coisas, as pessoas, são o que elas são chamadas. O nome é uma estratégia para nos desviar da verdade. Não é porque sabemos o nome das coisas, das pessoas, que sabemos em profundidade o que elas são! Quando uma pessoa nos revela o seu nome, ficamos sabendo quem ela é por causa disso? É certo que não! Mas nós somos impulsionados a dizer para as outras pessoas que a conhecemos, ao citar seu nome! Dizemos: “conheço sim! É o Paulo, é o João, é a Maria...” Ora, Paulo é apenas um nome, uma combinação de letras! Como uma combinação de letras pode descrever um ser-humano? Por trás do nome há um mistério indecifrável, há um ser, uma consciência, uma vida... Mas por causa do nome, da aparência, pensamos que conhecemos as pessoas. Lembre-se, nomes são rótulos e não o produto. Não pense que conhece uma pessoa, uma coisa, porque conhece os nomes que foram dados a elas. Olhe mais profundamente, penetre mais profundamente, você vai se surpreender.

Edson Carmo

sábado, 29 de janeiro de 2011

O VERDADEIRO LIDER


Etimologicamente, a palavra líder, que é de origem celta, tem como significado, “o que vai na frente”.

Complementarmente quero dizer que o líder é aquele que consegue a participação espontânea de todos sem ditadura. É a referência que todos querem seguir.

As características básicas do líder são: domínio próprio, fidelidade, confiabilidade, autoconfiança, iniciativa, criatividade, amor, bom humor, coragem, seriedade, entusiasmo, competência, fé...

O verdadeiro líder é aquele que tem seguidores, não que ele os obrigue a segui-lo, mas porque transmite todas as qualidades citadas e verdade em tudo que faz. O verdadeiro líder é aquele que quando julga, julga com justiça.

Para ser um líder, é preciso que as pessoas desejem segui-lo – e ninguém quer seguir aquele que não sabe por onde está indo, e nem para onde vai.

Edson Carmo

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

DUALIDADE NÃO EXISTE!


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Questionador: Por que há gente contente e gente sofrendo?

Edson Carmo: Sofrimento é o resultado de desejar ser, aquilo que não se é. É a “dor” do conflito entre o que se gostaria de ser, com aquilo que se é. Há sofrimento quando não se aceita a vida como ela é, e se fixa na idéia de como se gostaria que ela fosse. Há sofrimento também na vontade de ter aquilo que não se tem. Assim, podemos concluir que sofrimento é a idéia de dualidade. Na não-dualidade o sofrimento não existe.

Questionador: E como é possível evitar o sofrimento, se a dualidade é uma realidade?

Edson Carmo: Dualidade não é real, ela não existe! Dualidade é uma criação da mente, é uma manifestação da memória! Veja, tudo que está acontecendo, está acontecendo por vez, é um processo continuo. Então, se a noite está aí, não pode ser dia. E se fosse dia, a noite não poderia estar aí! Observe: quando você está saciado, onde está a sede? Aqui está calor, e você está sentindo calor! Onde está o frio? O frescor que você está desejando, nesse momento, ele está apenas na memória – porque um dia você já o sentiu. Mas a memória não é o que está acontecendo como realidade. O que está acontecendo como realidade agora, é o calor. No momento que começar a fazer frio, o calor não estará mais aqui. Você pode perceber? Que não há dualidade no acontecimento?! Quando o frio acontecer aqui, será apenas uma continuação do calor que agora existe, então o calor ficará no passado, e o passado é inexistente.

Questionador: muito obrigado, acho que agora entendi. Sinto que alguma coisa já começou a mudar... hahahahahahahahahahaha

Edson Carmo: A Verdade sempre Liberta, fica na Paz!

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Edson Carmo

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

AOS QUE ESTÃO SE SENTINDO PARA BAIXO


Ninguém gosta de se sentir para baixo. Mas estar para baixo, de vez enquanto é bom!

Vou explicar essa minha afirmação! Quando a gente está para cima, então a gente está dando, certo?! É, a gente está dando: sorrisos, palavras, ajudas... Quando a gente está para cima, então a gente está apenas gastando energia.

Mas quando gastamos, precisamos repor, certo?! Então, é aí que nos sentimos para baixo. Figuradamente, o que estou dizendo é que quando estamos sem sono estamos cheios de energia - então a gastamos. Mas quando as energias estão se esvaindo, vem o sono, que é uma providencia de Deus, pois é o sono, o dormir que nos repõe as energias! A mesma coisa acontece quando estamos com fome, sede...

Assim, ficar para baixo equivale a fome, a sede, o sono... da alma. Não é ruim, é um momento para nos sentirmos fracos e buscar a reposição das forças espirituais em Deus.

Lembre-se: o Apóstolo São Paulo disse que é na fraqueza que se aperfeiçoa o poder de Deus.

Edson Carmo

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

ILUMINAÇÃO CRÍSTICA


A verdadeira religião não é aquela que cobra comportamento, e sim aquela que traz esclarecimento. Olhe como as coisas se processam dentro da falsa religião! Ela diz: “não faça isso, não faça aquilo; essas coisas são pecados” – é o velho não proves, não toques, não manuseies que o Apostolo São Paulo se referiu em sua carta aos Colossensses.

Vamos analisar mais profundamente isso! Uma pessoa está em densa escuridão, ela está tropeçando em pedras que estão espalhadas por todo o seu caminho; ela está caindo em buracos que estão postos pelo chão; ela está batendo com a cabeça em obstáculos que estão em todos os cantos e recantos... Isso é tudo que essa pessoa sabe fazer: tropeçar! É a sua condição, ela não pode ver, está em trevas!

Tudo isso tem trazido sofrimentos, dor, medo a essa pessoa. Então, por causa disso, ela vai em busca de uma religião, e quando a acha, a religião lhe diz: “você está errada, você não pode tropeçar, isso não pode acontecer, você não pode cometer tais pecados. Você só terá paz quando for santa, quando pára com essas coisas.” Ora! Como essa pessoa vai parar de tropeçar, de cair... se a luz não for acesa em sua vida? E se a vida dela ficar banhada de luz, como deixará de enxergar os obstáculos? Ora, uma vez que ela veja as pedras, naturalmente deixará de tropeçar nelas. Uma vez que ela ver os obstáculos, desviar-se-á de cada um deles...

Assim, a libertação, não está na informação do que não deve ser feito, mas na experiência de enxergar o que deve ser feito, como tem de ser feito e, porque tem de ser feito.

Edson Carmo

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

QUERER OU PERDER?! EIS OS DRAMAS!


Somos chamados de Seres-humanos! Isso é a mesma coisa que dizer: o permanente no transitório. O espírito manifesto na raça, na espécie, na forma de homem. A consciência na matéria...

Mas o Ser do homem está perdido, e até mesmo o humano: sua raça, sua espécie, está identificada com as dos outros animais – daí a violência e o seu instinto selvagem.

O homem, por ter perdido seu Ser, só conhece o Ter. Então, consigo mesmo ele diz: Se eu não tenho, eu quero ter! Porque se não tenho o que quero, vou sofrer! Quando tenho, não quero perder. E se perco, isso me faz sofrer!

Por que o homem vive em agonia? Por que ele sofre tanto?

Se o homem re-encontrasse seu Ser, então, na sua vida, não haveria mais amargura, sofrimento e tristeza. Ele entenderia que as coisas são como são! Que ninguém escolheu estar aqui. Que ninguém pode evitar sair daqui. Que ninguém nem mesmo escolheu a família em que nasceu.

O homem precisa compreender que a vida não é situação da vida. Que o rádio não é a musica, o som. Que a televisão não é o som e a imagem. Que ele não é o que tem, essas coisas que passam por ele.

O homem precisa entender que ele é a consciência, o silencio, o campo onde tudo acontece – e não o que acontece! O homem precisa entender que ele é o campo onde o espaço se coloca, junto com a matéria, os pensamentos, os sentimentos... Quando o homem perceber que ele é o saber, então ele terá encontrado o seu Ser.

Ser é um verbo. Saber é um verbo. Você é um verbo! Portanto, você canta, mas não é a musica. Você anda, mas não é os pés. Você vê, mas não é os olhos... Você realiza todas essas coisas, mas não é nenhuma delas.

Edson Carmo

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

O GRANDE ENGANO


Para você, talvez, eu não sou quem realmente sou. Porque para você, talvez, eu sou apenas a sua idéia. Se você olhar para mim sem idéias, então você verá apenas uma tela em branco. Se você olhar para mim, com uma idéia positiva, então eu serei para você algo como uma paisagem colorida. Porém, se você olhar para mim com uma idéia negativa, então eu serei feio, escuro, um absurdo! Mas observe! A questão não sou eu, a questão é você! Não sou eu a idéia – você é a idéia, boa ou ruim, em relação a mim. Para uns eu sou bonito, para outros eu sou feio. Para uns eu sou bom, para outros eu sou ruim. Quem de fato é bom? Quem de fato é ruim? Certamente aquele que julga, aquele que concluiu sobre mim! Lembre-se: você pode estar vendo por aí, apenas as suas idéias, e não as coisas como elas são. Portanto, cuidado!

Edson Carmo

domingo, 9 de janeiro de 2011

O SIGNIFICANTE, O SIGNIFICADO E O SIGNIFICADOR


Existe o significante, o significado e aquele que dá o significado. O significante é o “objeto” – o “objeto” pode ser uma escritura, um som, uma música, uma forma, uma cor... Já o significado é o signo; é a interpretação que foi gerada a partir do encontro do “objeto” com o observador. Significado é a sua interpretação e não o “objeto” em si – o “objeto” não tem nenhum significado intrínseco. E quem dá o significado? Você – você é o interprete, o interpretante! Veja, as coisas são apenas coisas, se elas tem algum significado, algum valor, esse valor não está nelas mesmas, mas em você que as quer valorizar ou não. A interpretação vem da sua cultura, da sua experiência, da sua forma de ver, de pensar... Assim, nada do que você vê é o significado, e sim o significante. Lembre-se: uma palavra só pode fazer mal a uma pessoa, dependendo da interpretação que essa pessoa faz a respeito dela. A mesma coisa se aplica ao som, as imagens, as cores...

Edson Carmo

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

O MECANISMO DA INFELICIDADE


Quem tem sono, é você ou o seu corpo? Quem cansa, é você ou o seu corpo? Quem se machuca, é você ou o seu corpo? Quando o corpo está adormecido e você está inconsciente, quem respira, quem bombeia sangue para todos os órgãos? É você ou o seu corpo? Para todas essas perguntas a resposta só pode ser uma: O corpo! Mas as pessoas de modo geral estão dizendo: “eu estou com sono, cansado, machucado...” Esse ‘eu estou’ é a maior de todas as identificações do ser com o corpo.” Quase todo mundo neste planeta pensa ser o corpo.”

Mas você não é o corpo, e sim a testemunha do que acontece ao corpo? Você não é o objeto da observação, e sim o observador!

Observe, muitas pessoas ao apenas assistir um filme, uma peça dramática, começam a chorar. O que aconteceu a elas? Será que aconteceu alguma coisa a essas pessoas? É certo que não! Mas você pode perguntar: “Então, por que elas estão chorando?” Eu respondo! Eles estão chorando, porque se identificaram com aquele acontecimento, com o personagem, com o acidente que aconteceu a ele... Tais pessoas se identificaram com a dor do personagem e começaram a chorar!

Quando a mente faz uma pessoa pensar que tudo que está acontece ao corpo, está acontecendo a ela, então essa pessoa automaticamente entra em estado de sofrimento e agonia. Lembre-se: existe uma causa básica para o sofrimento humano, e ela é a sua identificação com o corpo. Do outro lado, existe uma causa básica para ser feliz, e ela é a sua desidentificação com o corpo.

Quando seu corpo está em sono profundo, você fica inconsciente dele. Mas quando o corpo começa a despertar, então a consciência começa a retornar; é aí que a sua identificação com o corpo gradualmente retorna. No sono profundo, na desidentificação com o corpo, existem os problemas, a condição social indesejável, contas a pagar..., mas não existe sofrimento, nem tristeza, nem angustia... Mas quando a sua identificação com o corpo está desperta, acordada, então aí manifesta-se todo o tipo de miséria.
Se você conseguir desidentificar-se com o corpo, muitas coisas maravilhosas acontecerão, e a principal delas é o encontro intimo com Deus.

Edson Carmo

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

A BELEZA DA VIDA ESTÁ NA ARTE DE SABER REUNIR AS COISAS PEQUENAS


A bem-aventurança não pode ser alcançada diretamente, ela é a conseqüência da existência do bem-aventurado – alguém que vive a vida com sabedoria. O amor não pode ser alcançado, sem que antes o amado seja descoberto. Se juntares flor e flor, terás um lindo buquê. Coloque tijolo sobre tijolo e você terá uma casa. De gota em gota é que se enche uma jarra com água para então saciar a sede. A vida é feita de ciosas pequenas, essas que juntas fazem o todo. O grande não é diretamente, ele precisa de partes para se erguer. Em todos os lugares do mundo, cada pessoa está desejando ser feliz. As pessoas estão buscando algo extraordinário, algo que elas criaram em suas imaginações. Mas veja o que acontecem quando elas conseguem! Quando conseguem tudo o que imaginaram se mostra comum. Tudo na vida é comum, tudo na vida é simples. A beleza da vida está na arte de saber reunir as coisas pequenas, e com elas edificar a grandeza.

Edson Carmo

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

O MUNDO EXTERIOR NÃO ESTÁ SEPARADO DO MUNDO INTERIOR


No dia-a-dia temos muitos encontros: encontro com pessoas, com animais, com objetos, com fenômenos da natureza, com conhecimentos – textos em diversos conteúdos. No mundo exterior, temos encontro com dificuldades, com presentes, prazeres, dores... Mas observe, tudo que experimentamos no exterior, leva-nos a uma experiência interior. Quando praticamos atos de amor, então passamos a conhecer o amante que há em nós. Quando corremos em fuga de alguma coisa, então conhecemos o medroso, o covarde que dentro de nós está. Através da dor, conhecemos o sofredor. Através da beleza, conhecemos o apreciador e assim por diante! Perceba: é através da experiência exterior que conhecemos o ser interior. Mas o que tudo isso deve nos ensinar? Qual a serventia do encontro? O encontro deve nos ensinar o que devemos acolher e o que devemos perder. O amante deve ser acolhido, aprendido. O medroso deve ser esquecido, perdido. Escolhamos o melhor em nós, aprendamos dele – sejamos ele.

Edson Carmo