sexta-feira, 8 de outubro de 2010

VOCÊ É UMA MÁQUINA DE MANIPULAÇÃO?


Há uma diferença entre o que acreditamos Ser e o que realmente Somos. Você é um Ser criado por Deus, mas você acredita ser o personagem criado por sua mente, uma mente que nem mesmo é natural.

Tente entender isso profundamente: você foi criado por Deus, mas sua mente é criada pela sociedade na qual você vive. Ela é criada pela religião, pela cultura, pela escola, pela mídia... É por isso que existe a mente religiosa, a mente comunista, a mente ateísta...

Somos seres divinais, mas as mentes são fenômenos criados pelos homens, pelas sociedades. Se você nasce em uma sociedade ateísta, então você é um ateu. Se você nasce no Brasil, então naturalmente você é brasileiro e obviamente fala o português. Onde está sua individualidade? Onde está sua originalidade? Sua soberania?

Lembre-se: você é o utilizador, mas a mente é utilitária – ela não é você. Foram outras pessoas que a fizeram para você, para instalá-la em você. Ela não é você, ela nem mesmo lhe pertence – toda mente é emprestada

Os sistemas não querem que você descubra quem de fato é você. Todo o esforço deles tem sido mantê-lo identificado com a mente, para que você possa ser manipulado. Veja, se você não está sendo enganado de uma maneira muito sutil! E não se esqueça: os manipuladores deste mundo estão do lado de fora, eles entram em você na forma de mente. Se você pode separar-se da mente, se você pode observar a mente, então você pode descobrir que é o sujeito, a testemunha, o observador – e não um objeto, uma máquina de manipulação.

Edson Carmo

10 comentários:

Wanderley Elian Lima disse...

Por isso que temos que sermos críticos, e não aceitarmos crenças e valores como verdades absolutas. Temos que chegar as nossas próprias conclusões.
Grande abraço

Edson Carmo disse...

Querido amigo Wanderley Elian Lima,

Cada um é responsável por sua própria vida. É por isso que cada um dará conta de si mesmo.
Veja também o post:

http://comunidadeindo.blogspot.com/2010/10/para-onde-sua-alma-esta-indo.html

Obrigado por sua participação,

Um grande abraço do amigo,

Edson Carmo

Amélia Ribeiro disse...

Olá Edson,

muito bom o teu texto.
Temos que agir segundo a nossa consciencia e guiados pelo coração.

Um beijo e que desejo-te um excelente final de semana.

Edson Carmo disse...

Olá querida amiga Alma!

É, você tem razão! Temos que agir segundo a nossa consciência e guiados pelo coração puro.

Obrigado pelo comentário e o apoio.

Um beijo e um excelente final de semana.

Edson Carmo

Anônimo disse...

Adorei! =)

Me fez lembrar de um livro que chama: 'O perispírito e as suas modulações'. Fala sobre o instinto, da separação da mente do ser e da nossa evolução. É muito bom!!

Ótimo fds e feriado!

bju gde
Nâna

Edson Carmo disse...

Nâna querida,

Eu não conheço o filme, mas quero lhe agradecer pela dica e o comentário.

Um excelente final de semana.

Beijo Grande do amigo,

Edson Carmo

Eduardo Medeiros disse...

Edson, seu texto parece simples mas para mim ele é bem complexo. Concordo com a sua tese principal de que nós não somos o que nos fizeram. Por outro lado, é impossível virmos ser alguma coisa se não for a partir do que nos legaram. Mas claro que cada um deve questionar e construir as suas próprias motivações para viver.

Sua afirmativa de somos um ser criado por Deus para mim é complexa também. De qual Deus falamos? o Deus tribal dos patriarcas do Antigo Testamento ou o profeta mais transcendente dos grandes profetas como Isaías e Ezequiel? Ou o Deus totalmente diverso de Jesus? Ou seria mesmo o próprio Deus Jesus? ou seria qualquer outro Deus de qualquer outra religião?

Então, essa afirmação cada um faz segundo suas próprias crenças. E não dá para fugir de que esta afirmação é profundamente religiosa.

Mas sem dúvida, temos uma consciência "divina", já que podemos transcender a nós mesmos, ao eu que foi formado pelas informações, condicionamentos e crenças recebidas e vê-las todas a partir de fora delas.

complexo.

abraços. Sempre te leio mas nem sempre comento.

Edson Carmo disse...

Querido amigo Eduardo Medeiros,

Nos termos em que você está colocando, posso dizer que o primeiro homem não encontrou legado algum ao chegar aqui. Mas nós, homens modernos, ao chegarmos nessa vida, encontramos um legado que na verdade é o disfarce de uma grande escravidão.

Observe, ninguém diz que as crianças estão escravizadas – a palavra usada é “educadas”. Você pode ver uma criança como um escravo? As crianças são condicionadas, elas são impotentes, dependem da sociedade, não podem se defender, não podem escapar disso.

Olhe para os seres humanos, todos tem a impressão que receberam educação, mas na verdade o que receberam foi uma sutil prisão – pura escravidão.

Olhe para Jesus! Ele foi escravizado? Se tivesse sido escravizado, teria sido apenas uma pessoa comum. Você pode dizer que Jesus foi uma pessoa comum? De quem Ele recebeu o legado? Foi dos judeus? Foi de Roma? Foi dos seus pais? Foi da cultura do seu povo e época?

Olhe para a história de Gautama Sidarta, ele só pôde se tornar buda, quando desvencilhou-se do legado, do mundo ilusório que herdou em seus primeiros anos de vida.

Sócrates teria sido envenenado se vivesse pelo legado?

Não, não estou dizendo nada complexo – é muito simples o que estou dizendo, mas o que estou dizendo só pode ser experimentado através da coragem.

Eu não tenho palavras para dizer quem é o Deus de quem estou falando, mas posso dizer o que Ele não é, e digo: Ele não é uma criação dos homens. Assim Ele não é um deus religioso, nem um deus histórico, nem um deus psicológico, nem um deus cultural... Ele é alguém que não existe, porque as coisas que existem um dia vieram a existir. Então chame Ele de Existência, A Totalidade de onde tudo vem e para onde tudo vai.

Estou muito grato pela oportunidade que você deu a mim e a todos,

Um grande abraço do amigo,

Lumena Oliveira disse...

O texto é complexo, e por sê-lo, nos faz pensar.
Ora, será que sabemos como ficamos identificados com algo que não somos?
A nossa mente nunca é nossa, porque é criada pela sociedade, no meio onde vivemos, somos incutidos pela nossa vida fora, pelos mecanismos que o sistema nos apresenta: religião, ideologia, igreja, política, etc.
Todo esse mecanismo não quer que estejamos para além da mente, e nos mantêem condicionados com a manipulação da mente criada por eles. Somos enganados de uma forma tão subtil, que nos deixamos ser manipulados.
São todas essas ideologias que divide os homens. A liberdade nunca existe porque a mente está aprisionada no pensamento. Não aquela liberdade para se fazer o que bem apetece, mas a liberdade que é absolutamente necessária.
Quantas guerras já houve? 15 mil guerras em 5 mil anos. E ainda não temos compaixão, não temos amor, não nos desprendemos da mente condicionada.
Quando conseguirmos emxergar mais claramente a realidade, o Mundo é de todos, passamos a ser Mundo.

Abraços,
Lumena

Edson Carmo disse...

Querida amiga Lumena Oliveira,

Somos a mente ou observadores dela? Se não somos observadores, se agimos sem percebê-la – pensando que somos ela –, então somos um com ela. Se agimos conforme o pensamento, então nossa ação é fruto do pensamento e não do sentimento.

Alguém me ensinou: “você tem que amar o próximo.” E eu fico pensando: “eu tenho que amar meu próximo”. Então eu amo por causa desse ensinamento, pressionado por esse mandamento. Por ventura meu amor é verdadeiro ou subproduto de tal ensinamento que se transformou em pensamento? Meu amor é verdadeiro se for fruto de um pensamento? Muitas pessoas amam com esforço, com pesar, porque seu amor não passa de um pensar.

Eu proclamo que o amor – ou qualquer outra ação – seja fruto da compreensão. As pessoas têm de perceber que, sem o amor, a vida é um inferno. As pessoas têm que perceber que o desamor é o responsável por toda miséria deste mundo... As pessoas têm de ser transformadas por essa consciência. O amor fluirá naturalmente.

Belo comentário – obrigado!

Um abraço do amigo,

Edson Carmo