quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

DIVORCIANDO-SE DO SER E CASANDO COM A PERSONALIDADE


Existe o ser. Porém esse ser é invisível – é espírito. E para que esse espírito se manifeste no mundo visível, ele se utiliza do corpo físico.

O corpo físico, para viver e se relacionar com o mundo visível, desenvolveu a mente. Essa mente, deveria ser apenas um instrumento, para que esse corpo – manifestação do ser – pudesse viver, conviver e compartilhar no mundo visível.

Porém, com o acumulo das experiências do corpo físico, a mente formata o seu ego – a sua personalidade! O que é essa personalidade? São as crenças que acumulamos desde criança, essa do tipo: “você é mal comportado”, “você é bem comportado”, “você é bonito”, “você é feio”, “você é branco”, “você é negro”, “você é o cara...” É a partir destes ensinamentos que a personalidade é formatada e o corpo físico começa a perder o contato com o ser – porque ele fica dentro de uma fôrma definida, uma prisão, uma separação.

O fim da ligação do corpo físico com o ser é o ego. O começo do apego do corpo físico com a materialidade é o ego.

A separação do corpo com o ser é a origem de todo medo e sofrimento – ego é medo e sofrimento! A separação faz com que o corpo tenha contato apenas com as coisas que ele conhece – o que podemos chamar de passado: “o que eu fiz”, “o que eu não fiz”, “o que me aconteceu”, “o que eu senti”, “o que eu vou fazer?”, “o que eu não vou puder fazer?”, “o que será de mim?”... No momento em que o corpo apega-se ao passado, ele também projeto o futuro. É isso que faz com que ele não vida mais o agora, a vida e se desconecte do espírito, do seu ser.

Assim, tornar-se uma pessoa, uma personalidade, é perder-se do ser, da realidade, da verdade.

Edson Carmo

2 comentários:

Eugenia Pura e Simplesmente disse...

É mesmo, assim fica difícil. ficamos enlatados à espera que alguém venha abra e descubra o conteúdo embutido em nós.
Vivemos sempre em função dos outros. Raramente por nós mesmos. Boa noite meu amigo, um forte abraço

Edson Carmo disse...

Querida Eugenia,

Viver enlatado: é viver limitado, aprisionado, separado do todo da vida - o que nos separa também da liberdade. O ego é isso, essa limitação que só faz sofrer...

Grato por ser comentário amiga!

Um beijo do amigo,

Edson Carmo