quinta-feira, 18 de setembro de 2008

EU SEI!


Eu sei das tuas necessidades, das tuas ansiedades, das tuas fraquezas; e posso imaginar também as tuas dificuldades para sobrepujá-las. Eu imagino que a “vida” muitas vezes para te, não passa de um grande fardo que és obrigado, obrigada a carregar. Eu sei que tens dúvidas – as duvidas da mente –, que sempre inspira insegurança, temor ao amanhã. Sim, eu sei o quanto dói os limites que a te são impostos. Eu sei principalmente o teu receio da pobreza, porque ela provoca humilhação. E os teus medos?! Medo de perder o que possui; medo de não ser bom ou boa para aqueles que te circundam; medo de que descubram o teu íntimo, as tuas feridas, as tuas verdades e até as tuas mentiras; medo de que te interpretem mal. Eu entendo tudo isso, esses e todos os outros medos que estão em te. Compreendo o teu tédio para com as normas, os padrões estabelecidos, as rotinas, os condicionamentos e a todo tipo de obrigações que te fazem dizer: “eu gostaria de cuidar de mim, mas o meu tempo só dá para trabalhar, estudar; e quando me resta um pouco de tempo, eu tenho que bajular, eu tenho que...”. Assim, sei que tua vida é basicamente dedicada a satisfazer as outras pessoas. Eu te compreendo com profundidade, mas apesar de te compreender profundamente, quero te dizer algo mais importante ainda! Escuta agora com o teu coração o que vou te dizer: “Eu te compreendo, mas não te apoio”. Eu não te apoio neste suicídio homeopático. Não apoio porque tua vida foi dada a ti, e não às outras pessoas.

Lembre-se: Tu és o responsável, a responsável por ela e por tudo que a atingir – sejam coisas boas ou ruins.

Edson Carmo

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